fbpx

Como a alimentação, a nutrição e a massa muscular interferem no tratamento oncológico?

O estado nutricional afeta os resultados das terapias e o bem-estar do paciente. Por isso, é fundamental se manter bem alimentado e em alguma atividade física, apesar das limitações. Esse esforço deve visar evitar a perda de massa muscular e, consequentemente, evitar sérios prejuízos para o tratamento e as chances de cura.

O paciente em tratamento de câncer deve ter um cuidado especial com sua alimentação e nutrição para evitar, dentre outros problemas, a perda de massa muscular, que está sim relacionada ao pior prognóstico das neoplasias malignas e à maior ocorrência de complicações do tratamento oncológico.

A manutenção da atividade física e da massa muscular aumenta a tolerância à quimioterapia e diminui o tempo de internação e a mortalidade decorrente das cirurgias oncológicas, conforme alerta o dr. Felipe Coimbra, cirurgião oncológico.

A avaliação do estado nutricional deve ser considerada parte integrante do tratamento do câncer, segundo estudo* científico em que participou o líder do Centro de Referência de Tumores do Aparelho Digestivo Alto do A.C.Camargo Cancer Center.

“Pacientes desnutridos com câncer apresentam pior resposta às intervenções terapêuticas, maior incidência de complicações, estadias hospitalares mais longas, pior estado imunológico, pior qualidade de vida, maior morbidade e maior mortalidade do que em pacientes bem nutridos”, comenta professor da @‌high.hce.

A perda de peso nesses pacientes está principalmente associada à sarcopenia, que é definida como perda de massa muscular com ou sem perda de tecido adiposo, e diminuição da capacidade funcional.

“De acordo com os critérios do consenso europeu, a sarcopenia pode ser classificada em três estágios: pré-sarcopenia, quando ocorre redução apenas da massa corporal magra; sarcopenia, quando a redução da massa corporal magra é acompanhada pela redução da força muscular ou diminuição do desempenho físico; e sarcopenia severa, quando a queda da massa corporal é acompanhada pela redução da força muscular e do desempenho físico.

“Essa pesquisa mostrou também que a desnutrição – bastante comum em pacientes com câncer gástrico, esofágico ou do pâncreas – tem etiologia multifatorial, podendo estar relacionada à disfagia, que é a dificuldade de engolir, caquexia – perda de massa muscular, adiposa e óssea – ou intervenções terapêuticas”, explica.

*Referência: Bitencourt AGV, Miola TM, Souza JO, da Conceição ELS, Coimbra FJF, Barbosa PNVP. Computed tomography-measured body composition: correlation with postoperative morbidity and mortality in patients with gastroesophageal cancer. Radiol Bras. 2019 Nov-Dec;52(6):351-355. doi: 10.1590/0100-3984.2019.0009. PMID: 32047327; PMCID: PMC7007052.

Gostou do conteúdo? Compartilhe!

Usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação em nosso site. Para saber mais sobre nossa política de cookies, por favor leia nossa página de política de privacidade.